segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Ópio sobre tela



Sumamente,
Elegante, trânsito de entes
Antes devir

De ver velar, velo
E vou
E sou
E serei.

Pois paradigmas estéticos,
Antitéticos entre si

Suaves encontros, das águas
Em casas, espécie

A morte, espera logo ali

Velejo vazios com ciência
Do tédio, engendrariam
Busca

A prudência destila o clichê
E minha mais valia
Delibera

Ancoro-me em paisagens
Mídia

Que não vendem profundos
Rios do riso psíquico
Vampirismo histórico

E também não consumo
O sumo simbólico
Do chavão

Senso comum.

ACM

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Céticos e cínicos


Por Emir Sader


"No momento em que o povo brasileiro, no seu conjunto, pela primeira vez, começa a melhorar substancialmente suas condições de vida,é triste ver uma parte da intelectualidade de costas para o povo, continuando a pregar que tudo está muito ruim,pior do que antes, brigando com a realidade, em um isolamento total em relação ao povo e ao país realmente existente."

sexta-feira, 31 de março de 2017

Tullio_____________________ . Quanto a Proudhon , de quem modéstia às favas conheço bem o pensamento, ele era contra o capital por meio de propriedade improdutiva, todavia não ao direito de posse, e se leram a teoria proudhoniana sabem que ele discorre sua teoria a partir de um visão de desenvolvimento mutualista, - paulatinamente ele substitui a semântica ''anarquia'' por mutualismo, e é nisto que escola austríaca pode ter afinidade com o anarquismo social. Bakunin merece outro comentário, até porque o contexto dele é outro, e se desenvolverá por meios revolucionários. Enfim, eu disse:que não sou sectário, já citei aqui autores marxistas e neomarxistas , e sou profundamente antimarxista, e nem tão pouco aceito as concepções capitalistas de Von Mises, embora ele tenha uma máxima genial : "Não há nada de errado em dizer às pessoas que tributação é roubo, que regulamentação é transgressão, que leis antidrogas são agressão, que políticos são criminosos, e que o estado é uma monstruosa agência criminosa.", conquanto ele vai estender sua teoria de livre mercado pela competitividade, e se afasta do ideário anárquico da solidariedade;tornando-se por si uma contradição ao princípio básico do mutualismo; ele mesmo reconhece isso, colocando óbvias distinções entre liberalismo e o libertarismo proudhoniano. Friedrich Von Hayek já é uma outra conversa, pois ele é mais um economista, do que um teórico político; as idéias de Von Hayek apresentam sim concórdias com as teses de economia autônoma e auto-gestiva dos libertários, ele mesmo reconhece isso, aliás é clássica a polêmica dele tantos com os trabalhistas como o liberalismo de Keynes. Sim o anarquismo e o marxismo se encontram historicamente e  primeiramente na comuna de Paris e daí sempre se desencontrarão, já Proudhon preconiza esse desencontro em o ''Sistema das Contradições Econômicas ou Filosofia da Miséria''; a famigerada revolução russa, será a esperança e a decepção de Kropotkin; e na revolução catalã terão um grande encontro, e várias dissensões. Os anarquistas sempre chutaram os baldes e abriram as portas para os grandes movimentos de massa, contudo, os autênticos, jamais se renderam e renderão à autoridade, inclusive a intelectual, por isso foram diluídos pelo poderio verticalizador . Um anarquista é antes de tudo alguém que busca a autonomia em todos os sentidos, um negador da autoridade vertical, e socialmente alguém que busca a solidariedade e desmantelamento da máquina estatal, a qual podemos também chamar de governo. Pessoalmente, eu, Tullio Stefano Sartini, acredito ser possível um processo no qual a dialética é o meio mais patente, -a dialética racional,( e não uma pseudo-dialética maniqueísta e historicista) por isso transito em diferentes ideários e ideias, preferindo idéias do que ideologias, contudo, mantendo a minha postura, contra o Estado, contra o latifúndio, em suma contra a hierarquização centralizadora e institucionalizante do poder e seus monopólios, usados através do meios tributários e militares. são essas as minhas premissas, o resto pra mim é hermenêutica."

Tullio escreveu: "-
O Caio , é como você Wilson , também meu amigo, de bons papos em mesa de boteco. e as conversas entre amigos nesses ambientes, flui muito melhor do q nesses nesse espaço 'etéreos' que estão na internet que por vezes até dificultam a pessoalidade do encontro e da conversa; lembro do ''botequim socialista'' no orkut, o qual nunca, eu comentava ou postava nada. apenas lia 'en passant' e as conversas de seus membros eram acirradas [ nesta ocasião eu não era engajado em nada, isso aconteceria um ano depois com o movimento Occupy 15 de outubro, e suas sub-sequências, até então, mantinha meu anarquismo individual, e hoje, não estou diferente], bem, de quando em quando em São Paulo essa galera se reunia em algum boteco de fato, uma vez fui a um desses encontros, se conversou de tudo, menos de política, acho q preferiam os biombos do orkut (?). 

O Wilson Nogueira, Caio é um dos melhores intelectuais da área social que conheço, e o Caio também Wilson, apenas vocês por terem especializações e ideologias diferentes nas suas respectivas áreas de estudo, fazem provocações diferentes; o q acho maneiro. Pessoalmente, eu, Tullio adoro as ideias, - conhecer as ideias, desenvolver as ideias, por isso não abraço ideologias fixas. Conforme disse, penso na possibilidade de um processo social de diferentes ideações e movimentos, desde que esses ocorram horizontalmente, e não verticalmente, conforme tem acontecido (salvo exceções) no curso da história humana, onde os governos e suas instituições (fiscalizadoras, tributadoras e fisicamente armadas) fazem o caos e não a sociedade em si mesma, implanta o caos em sua forma mais legítima. Não sei se isso acontecerá, certas complexidades graves e enraizadas do ente humano não permitem uma Evolução individual suficiente para que coletividade se horizontalize em uma revolução. Sabem que sou mero diletante, - e muito me lisonja os elogios de uma pessoa como o Wilson . Não tenho formação universitária, e tudo que aprendi de teorias foi através dos livros, a maioria lidos em bibliotecas e comprados em sebos. Engajei-me algumas vezes. decepcionei-me todas as vezes, porem, não me arrependo de um dos meus engajamentos, porque neles pude conhecer (também) o melhor do ser humano, ainda que isoladamente. O meu lema é simplesmente a não rendição ao Estado, resisti ao máximo possível! contra aquilo que desrespeita o indivíduo e sua liberdade , com efeito a sua natureza e sua cultura."

Do Túllio ao amigo Wilson. 22/12/2013


sábado, 7 de janeiro de 2017

Realmente, muitas pessoas estão aplaudindo de pé as chacinas nos presídios, como disse o Francischini. São pessoas, como o próprio deputado, que se acham "pessoas de bem", mas estão comemorando (como bem pontuou o Galindo) a vitória do crime organizado, que mata dentro e fora dos presídios. Estão comemorando a falência do sistema prisional, que deveria ressocializar pessoas e serve apenas para inserir uma maioria condenada por crimes leves (ou sequer julgadas) no mundo da mais severa barbárie. Me parece que estão exatamente do mesmo lado daqueles que julgam combater.
Podem defender o ostracismo de todos os presos para uma ilha distante, a prisão perpétua ou a pena de morte, pensando que isso vai distancia-los da barbárie, mas o que estão produzindo é somente o fortalecimento dela. Afinal, os ícones da turma que pensa assim, como o Francischini ou o Bolsonaro, são os reacionários que estão de plantão em Brasília para defender os privilégios dos mais ricos e os cortes nos gastos sociais, fazendo somente aumentar as desigualdades sociais existentes hoje.
Daí o que sobra para os bolsões de miséria crescentes é a repressão, o encarceramento e a eliminação. "Pessoas de bem"? Não. Só se for "bem perversas".

ACBM

¿Así que quieres ser escritor?


Si no te sale ardiendo de dentro,
a pesar de todo,
no lo hagas.
A no ser que salga espontáneamente de tu corazón
y de tu mente y de tu boca
y de tus tripas,
no lo hagas.
Si tienes que sentarte durante horas
con la mirada fija en la pantalla del computador
o clavado en tu máquina de escribir
buscando las palabras,
no lo hagas.
Si lo haces por dinero o fama,
no lo hagas.
Si lo haces porque quieres mujeres en tu cama,
no lo hagas.
Si tienes que sentarte
y reescribirlo una y otra vez,
no lo hagas.
Si te cansa solo pensar en hacerlo,
no lo hagas.
Si estás intentando escribir
como cualquier otro, olvídalo.

Si tienes que esperar a que salga rugiendo de ti,
espera pacientemente.
Si nunca sale rugiendo de ti, haz otra cosa.

Si primero tienes que leerlo a tu esposa
o a tu novia o a tu novio
o a tus padres o a cualquiera,
no estás preparado.

No seas como tantos escritores,
no seas como tantos miles de
personas que se llaman a sí mismos escritores,
no seas soso y aburrido y pretencioso,
no te consumas en tu amor propio.
Las bibliotecas del mundo
bostezan hasta dormirse
con esa gente.
No seas uno de ellos.
No lo hagas.
A no ser que salga de tu alma
como un cohete,
a no ser que quedarte quieto
pudiera llevarte a la locura,
al suicidio o al asesinato,
no lo hagas.
A no ser que el sol dentro de ti
esté quemando tus tripas, no lo hagas.
Cuando sea verdaderamente el momento,
y si has sido elegido,
sucederá por sí solo y
seguirá sucediendo hasta que mueras
o hasta que muera en ti.
No hay otro camino.
Y nunca lo hubo.

CHARLES BUKOWSKI

Biblioteca Digital Ciudad Seva
"Decidí no despedirme de nadie. Despedirse de la gente me parece ridículo. Se saluda al que llega, al que uno encuentra, no al que se deja de ver. Gané al billar, hice dos tacadas de nueve. Nunca había jugado tan bien. Tenía el corazón helado y el taco golpeaba con absoluta precisión (...) Después fuimos a la pileta y nos quedamos hasta tardísimo. Me zambullí del trampolín alto. Desde tan arriba las luces de la cancha de paleta flotaban en el agua. Todo lo que hago me parece que lo hago por última vez".

Ricardo Piglia.

Impr(ci)siones.

Cimbreo de caderas. La llama mortecina de un cirio que se mantiene en la cera derretida como un barquito de vela en medio de una laguna: el pabilo parece navegar por la crátera del vaso. El agua será sólida cuando venga el frío y tendrá tu cara. Ponerte en el vaso de cristal, encenderte para que con la lentitud del tiempo poseas el temblor y el perfume antes que la palabra o la gota de memoria. El cóctel, hembra silenciosa, está servido. La transparencia ahora mismo es nítida de nuevo.

Antonio Arroyo Silva.

"Lembro claramente que, a certa altura, alguém sugeriu sensatamente que deveríamos adotar o que se dizia ser a posição soviética para definir um escritor, isto é, um escritor é alguém que declara que ele ou ela é um escritor".
Edward W. Said